"Ouse, arrisque, não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz." (Te amoooo, Cintia!)

Um Papel Essêncial...

O papel principal do professor é dar sentido a palavra educar, do latim “educare” (trazer para fora), assim cabe a ele ajudar o aluno no florescimento da criatividade, sua inteligência e seu interesse pelo mundo à sua volta.

Como professores devemos nos esforçarmos para atrair a curiosidade dos educandos, afinal, o conhecimento não tem limites, não vem pronto e acabado. Todavia, aqueles que buscam melhorar, que se empenham nessa tarefa, conseguem cumpri-la. Nossos alunos merecem o melhor de nós professores, e nós podemos melhorar junto com eles, basta querermos.

Envolver um aluno na sua própria sociedade é participar da vida dele, compartilhar das suas idéias e trabalhá-las; facilitar, encorajar, estimular, desenvolver, são ações que os educadores devem aplicar no dia-a-dia. Contudo, conhecer não é o bastante, é preciso compreender. Moldar mentes jovens significa também ser moldado por elas. Cada pessoa em si é uma unidade de conhecimentos únicos. É impossível conceber que um professor não queira ou precise aprender com seus colegas e alunos. Se não precisássemos ajudar ou sermos ajudados, nossa presença aqui seria totalmente desnecessária.

Creio que o educador deve professar a sua fé nos educandos, mesmo enfrentando dificuldades. Ilustrar o conhecimento e estimular o raciocínio lógico importa sim, mas isso se torna obsoleto sem a orientação moral e a sensibilidade de sentimentos. Estamos educando seres humanos para a vida, suas escolhas influenciarão e serão influenciadas pelas nossas. O “educar” deve ser regido pela lei do amor, por nós mesmos, pelos outros, pelo nosso mundo.

Se aquilo que está nos livros bastasse, nós já estaríamos no paraíso. A maioria das pessoas se concentra naquilo que não quer. Eu quero paz, prosperidade, amor, valores. Eu quero ensinar e aprender cada vez mais, e dar apenas uma ordem aos meus alunos: sigam seus sonhos!

João Batista dos Santos.

sábado, 11 de junho de 2011

Emeth - Capítulo V


CAPITULO V

Você Não é Um Anjo

“Se uma garotinha está disposta a arriscar a própria vida para proteger seus amigos, um anjo virá em seu resgate! E este anjo sou eu... Eu repito: este ANJO SOU EU!”

- Emeth Hagia

Dentro dos sonhos tudo é diferente. Apesar de confuso, ele estava desperto. Seu tato, sua visão, seu olfato, seu paladar, sua audição, todos funcionavam normalmente. Emeth sabia de duas coisas: primeiro, ele estava sonhando, e segundo, ela já estivera naquele lugar antes.

Isto era fácil de comprovar: as árvores de madeiras negras e folhas esmeralda se espalhavam por toda a região daquele bosque; pássaros multicoloridos e de formatos estranhos sobrevoavam os céus; aqueles macacos que mais pareciam alienígenas azuis de quatro braços espreitavam-no timidamente no meio das árvores; o cheiro e o sabor de maça verde bagunçavam novamente seus sentidos; ele se sentia em casa naquele ambiente, apesar de mal se lembrar da última visita.

– Já estive aqui outras vezes, apesar de tudo ficar meio diferente à noite. – concluiu ele, sorrindo ao contemplar aquelas pequenas chamas esverdeadas bailando no ar que, de certa forma iluminavam o lugar. Sem sombra de dúvida estivera ali mesmo, pois nada poderia explicar melhor a sua intimidade com o local.

Distante escutava-se o som de águas correntes, talvez uma cachoeira, não era possível afirmar com certeza, pois se encontrava rodeado por árvores, impedindo-o de ter uma concepção melhor das áreas afastadas. Colocando as mãos nas costas, confirmou o que não queria examinar: suas asas continuavam ali. Reparando seu corpo, encontrou-se revestido com a mesma armadura: cobria o corpo inteiro, da cor prata, toda adornada com escritas indecifráveis, que ele achou ter visto no corpo da mulher que disse chamar-se Lililara; um brasão em forma de grande sol vermelho com uma cruz de lados iguais no seu interior brilhava em seu tórax.

– Bom, como estou sonhando mesmo, tá tudo tranqüilo. Hahaha! Quem precisa de explicações num sonho? Ao menos aqui sou livre... Livre pra voar! YUPI! – gritou Emeth levantando vôo. Uma sensação maravilhosa tomou conta de si. Voar no céu noturno não se encaixava na experiência anterior, a temperatura caia gradativamente, a sensação assemelhava-se a estar voando num inverno abaixo de zero.

Por mais desagradável que a experiência fosse, ele não se importava, voar realizava um dos teus sonhos de menino, e não havia jeito melhor de fazê-lo que dentro de outro sonho.

Examinando a região, algo chamara sua atenção: um ponto brilhante cerca de uns 5 km dali. – Bom, vou averiguar! – disse ele, avançando velozmente e cortando a noite gélida. À medida que se aproximava, o aspecto da paisagem que se mostrava à sua frente tornava-se atordoante.

– Fogo, por toda parte! O que tá acontecendo? – expressou Emeth, ao mesmo tempo surpreso e preocupado. Não apenas as árvores estavam em chamas, mas as pedras, os corpos dos animais, a cena o deixava perplexo. – Quem fez isto? – ele indagou, sem esperar que houvesse resposta.

– AAAARGH! SOCORRO! – gritou uma voz distante no meio daquelas labaredas e da fumaça sufocante. Os gritos pareciam ser de uma garotinha terrivelmente assustada.

– Quem? Onde? – apressou-se Emeth tentando adivinhar de onde viria o pedido de ajuda.

– SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! AAAARGH! – a menina gritava mais alto ainda. Ele tinha que encontrá-la antes que fosse tarde.

A voz parecia vir do centro daquele pequeno inferno em chamas. Esforçando-se avistou algumas pessoas caídas, e uma garotinha em pé com uma foice nas mãos, olhando na direção oposta a que estava.

Atentando-se mais adiante, ele encontrou uma figura no mínimo estranha: uma criatura com aspecto de uma estátua humanóide, com o corpo rajado de lava e feito do que pareciam pedras negras polidas; tinha quatro dedos nas mãos em forma de garras muito afiadas; o rosto fora esculpido no formato de uma máscara malévola, com olhar feroz e sorriso sanguinário; em ambos os braços e antebraços ornavam-se três grossas argolas; abaixo da cintura recobria-se por alguma espécie de tecido roxo em forma de pluma, aparentemente resistente, sustentado por um cinto construído com pontas de flechas; porém, a criatura realmente chamava atenção pelo fato de que todo o seu corpo estava em chamas; línguas de fogo que não se consumiam.

– Acho que encontrei a fonte do incêndio! – disse com o coração disparado. – A razão de eu estar preocupado é o meu corpo. Se eu não tivesse corpo, com o que estaria me preocupando? – açodou-se Emeth para chegar mais próximo ainda. – CALMA MENINA! – gritou ele.

Chegando aterrissou de frente a criatura, ela devia medir uns 4 metros de altura, e estar diante dela o amedrontava de certa forma.

– Não se preocupe menina, eu vou te ajudar. – explicou Emeth examinando o ambiente, tentando acalmar a donzela que estava em perigo à sua frente. O fogo cobria aquilo que podia ser queimado. Árvores, animais mortos, e aquela garotinha com seus amigos estavam de um imenso circulo de ígneo.

– HAHAHA! O QUE ESPERA FAZER, FORASTEIRO? – zombou a criatura, esbanjando uma voz monstruosa. HAHAHA! – continuou ela.

– Se uma garotinha está disposta a arriscar a própria vida para proteger seus amigos, um anjo virá em seu resgate! E este anjo sou eu... Eu repito: este ANJO SOU EU! – bradou Emeth tentando demonstrar confiança. Se ele estava realmente sonhando, aquilo já seria um pesadelo.

– HAHAHA! VOCÊ NÃO É UM ANJO! – disse a criatura avançando rapidamente.

– EU SOU UM ANJO! – gritou ele, levantando vôo para tentar atacá-la de alguma forma.

Emeth só não havia calculado que o seu inimigo fosse tão ágil, julgando-o apenas pelo tamanho. – AAAARGH! – gritou Met desesperando-se ao ter o calcanhar apanhado em plena tentativa de fuga das garras do algoz.

Num movimento, sem esforço algum, o carrasco derrubou-o no chão. E colocando seu imenso pé esquerdo sobre o pescoço dele, deu-lhe um olhar mortífero.

– VOCÊ NÃO É UM ANJO! VOCÊ É UM DEMÔNIO, EMETH HAGIA! EU E VOCÊ SOMOS UM SÓ! HAHAHA! – vociferou a criatura, agarrando-o pelo abdômen, e erguendo-o no ar. – UM SÓ! HAHAHA! – disse arrancando-lhe as duas asas com as garras na mão direita.

– AAAARGH! – Emeth Hagia lembrou-se de sentir uma dor igual apenas no momento em que fora baleado. Ele nunca pensara que perder as asas seria doloroso assim. Definitivamente, elas faziam parte do seu corpo, e a sensação colocava abaixo qualquer presunção de que aquilo fosse um sonho, estava real demais para ser apenas isto.

– ORA, ONDE ESTÁ O ANJO AGORA? PERDEU AS ASAS? COITADINHO, ERAM TÃO FRÁGEIS! HAHAHA! – riu-se o demônio.

– Eu... Eu... Eu vou... – Emeth já não resistia mais à dor intensa, estava quase desmaiando. Tinha que tentar fugir, mas estava sem forças, e cada segundo que passava o desesperava ainda mais.

– VOCÊ NÃO VAI À LUGAR NENHUM, MENINO! – o algoz respirou fundo e agarrou o abdômen do jovem com as duas mãos. – LUGAR NENHUM! – várias línguas de fogo abrasador subiram dos braços da criatura, e encontraram o corpo do rapaz.

– Eu fracassei! Perdoe-me, garotinha! – Emeth já não tinha como resistir. Sentiu-se destruído, pela tentativa de ajudar sem sucesso, e pela dor que lhe consumia. Seu corpo e seu espírito estavam destruídos novamente.

– VOCÊ NÃO SAIRÁ DAQUI, MENINO! – vociferou a criatura.

– Existe vida após o sonho? – indagou Emeth apagando.

Por João Batista dos Santos

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O Milagre da Vida

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...

Mas, enquanto houver amizade,

Faremos as pazes de novo.


Pode ser que um dia o tempo passe...

Mas, se a amizade permanecer,

Um de outro se há-de lembrar.


Pode ser que um dia nos afastemos...

Mas, se ainda sobrar amizade,

Nasceremos de novo, um para o outro.


Pode ser que um dia tudo acabe...

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,

Cada vez de forma diferente.

Sendo único e inesquecível cada momento

Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.


Há duas formas para viver a sua vida:

Uma é acreditar que não existe milagre.

A outra é acreditar que todas as coisas são milagres.


Albert Einstein

(A todos os meus alunos e ex-alunos)


Professor João Batista dos Santos... Poeta, Profeta e AVATAR da Esperança!