"Ouse, arrisque, não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz." (Te amoooo, Cintia!)

Um Papel Essêncial...

O papel principal do professor é dar sentido a palavra educar, do latim “educare” (trazer para fora), assim cabe a ele ajudar o aluno no florescimento da criatividade, sua inteligência e seu interesse pelo mundo à sua volta.

Como professores devemos nos esforçarmos para atrair a curiosidade dos educandos, afinal, o conhecimento não tem limites, não vem pronto e acabado. Todavia, aqueles que buscam melhorar, que se empenham nessa tarefa, conseguem cumpri-la. Nossos alunos merecem o melhor de nós professores, e nós podemos melhorar junto com eles, basta querermos.

Envolver um aluno na sua própria sociedade é participar da vida dele, compartilhar das suas idéias e trabalhá-las; facilitar, encorajar, estimular, desenvolver, são ações que os educadores devem aplicar no dia-a-dia. Contudo, conhecer não é o bastante, é preciso compreender. Moldar mentes jovens significa também ser moldado por elas. Cada pessoa em si é uma unidade de conhecimentos únicos. É impossível conceber que um professor não queira ou precise aprender com seus colegas e alunos. Se não precisássemos ajudar ou sermos ajudados, nossa presença aqui seria totalmente desnecessária.

Creio que o educador deve professar a sua fé nos educandos, mesmo enfrentando dificuldades. Ilustrar o conhecimento e estimular o raciocínio lógico importa sim, mas isso se torna obsoleto sem a orientação moral e a sensibilidade de sentimentos. Estamos educando seres humanos para a vida, suas escolhas influenciarão e serão influenciadas pelas nossas. O “educar” deve ser regido pela lei do amor, por nós mesmos, pelos outros, pelo nosso mundo.

Se aquilo que está nos livros bastasse, nós já estaríamos no paraíso. A maioria das pessoas se concentra naquilo que não quer. Eu quero paz, prosperidade, amor, valores. Eu quero ensinar e aprender cada vez mais, e dar apenas uma ordem aos meus alunos: sigam seus sonhos!

João Batista dos Santos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

AnjoMau








Anjo da Vingança

Proteínas do aprendizado: Faça intervalos nos estudos para aprender melhor


Síntese de proteínas no cerebelo pode ter papel fundamental na memória. "Efeito de espaçamento" oferece resultados comprovados no aprendizado.
 
 
Há muito se sabe que as memórias são mais propensas a se manter se a aprendizagem incluir períodos regulares de repouso.

Por exemplo, cientistas e educadores sabem há muito tempo que estudar até a exaustão não é uma forma eficaz de se lembrar da matéria na hora da prova.

O que não se sabia era por que ou como isso acontece.

Agora, pesquisadores do Instituto RIKEN, no Japão, elucidaram um mecanismo neurológico que ajuda a explicar por que isso acontece.

Consolidação da memória

Os resultados sugerem que a síntese de proteínas no cerebelo tem um papel fundamental na consolidação da memória, lançando luz sobre os processos neurológicos fundamentais que regem a memória.

O "efeito de espaçamento", descoberto pela primeira vez mais de um século atrás, descreve a observação de que os seres humanos e animais são capazes de lembrar as coisas de forma mais eficaz se o aprendizado estiver distribuído por um longo período de tempo, em vez de ser tentado de uma única vez.

Acredita-se que esse efeito esteja intimamente ligado ao processo de consolidação da memória, no qual as memórias de curto prazo são estabilizadas e "transformadas" em memórias de longo prazo.

Intervalos durante os estudos

Pesquisas anteriores sugeriram que este efeito de espaçamento é produto da transferência do traço de memória dos flóculos, uma região do córtex cerebelar que se liga ao núcleo motor envolvido no movimento dos olhos, para outra região do cérebro, conhecida como núcleo vestibular.

Em um estudo com animais, os pesquisadores japoneses descobriram que o efeito espaçamento foi anulado quando essa via de transferência foi inibida com drogas - anisomicina e actinomicina D, antibióticos que inibem a síntese protéica.

Esta descoberta sugere que as proteínas produzidas durante o aprendizado desempenham um papel fundamental na formação das memórias de longo prazo.

Esta é a primeira vez que se consegue uma explicação neurológica para os benefícios conhecidos da aprendizagem espaçada - bem como uma ótima desculpa para fazer mais intervalos durante os estudos.
 
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Publicado originalmente em:

http://www.educacaofisica.com.br/noticias/proteinas-do-aprendizado-faca-intervalos-nos-estudos-para-aprender-melhor

terça-feira, 21 de junho de 2011

Saiba como seus hábitos de vida podem influenciar a vida de seus descendentes


Uma nova direção foi dada ao debate clássico sobre se a forma como uma criança é criada pode alterar a natureza genética dela e de seus descendentes.

Pesquisadores da epigenética, um campo de genética, investigam como fatores ambientais – como poluição, estresse e traumas físicos – podem afetar a maneira como o código genético de uma pessoa é expresso através do desenvolvimento físico e emocional dela.

“Muitas décadas atrás, víamos os genes como um circuito planejado para o desenvolvimento e funcionamento do corpo”, disse Steven Dowshen, editor-chefe do periódico KidsHealth, publicado pelo Nemours Center for Children’s Health Media, e endocrinologista pediatra do Hospital Infantil Alfred I. duPont Hospital, de Delaware.

“Este ainda é o caso. Entretanto, até conhecermos melhor o conceito de epigenética, não conseguíamos entender como fatores ambientais podem alterar a forma como estes genes funcionam”.

Conceito de epigenética

Médicos estudiosos da epigenética também encontraram evidências de que o ambiente onde vive determinado indivíduo pode afetar a saúde de seus descendentes, com eventos de hoje refletindo em décadas futuras de sua árvore genealógica.

O termo “epigenética” nos ajuda a compreender o conceito, já que o prefixo grego “epi” quer dizer “sobre” ou “acima”. Pesquisadores constataram que fatores ambientais basicamente podem acionar um comando de “liga” e “desliga” na genética de um indivíduo, afetando não somente o desenvolvimento do mesmo mais também a forma como a genética é transmitida através do óvulo ou do sêmen.

“Os mecanismos da epigenética não alteram a estrutura do DNA, mas alteram a molécula do DNA de forma a modificar o volume de dados biológicos que serão transmitidos pelo gene”, explicou Rachel Yehuda, professora de psiquiatria e neurobiologia e diretora da divisão de estudos do estresse traumático da Escola de Medicina Mount Sinai, de Nova York.

“Imagine que você está escutando uma música agradável e alguém abaixa totalmente o volume. A música continua tocando, mas não pode ser ouvida. Ou ainda você pode amplificar a música”.

Saúde comprometida

Evidências da influência da epigenética na saúde e desenvolvimento do ser humano incluem estudos que revelaram:

Diferenças hormonais em crianças nascidas de mães que passaram por trauma físico ou emocional extremo. As diferenças tornam as crianças mais suscetíveis a transtornos de humor – como ansiedade e depressão. Segundo Yehuda, mudanças foram observadas na segunda e terceira geração de sobreviventes do Holocausto, assim como nos filhos de mulheres que se encontravam grávidas durante o ataque às Torres Gêmeas e foram evacuadas do prédio.

Longevidade estendida em pessoas cujos avôs sofreram de desnutrição ou inanição na infância. Downshen diz que o dado vem de um importante estudo sueco que revelou que crianças que cresceram em anos de colheita ruim originaram netos que viveram mais tempo do que crianças que tiveram acesso à alimentação abundante durante seus anos de formação.

Efeitos de tais comportamentos, como fumar ou comer em excesso, nos descendentes. Segundo Downshen, tais comportamentos podem predispor os filhos de um indivíduo a doenças sistêmicas, dentre elas o diabetes e a obesidade.

Entretanto, os efeitos da epigenética não são necessariamente geracionais. Yehuda cita evidências de que o trauma e o estresse podem afetar a saúde psicológica de um indivíduo ao remexer na genética que regula a química corporal.

“Acreditamos que a epigenética pode ser muito informativa ao nos ajudar a compreender porque eventos ambientais, como o trauma, podem ser tão transformadores. Quando uma pessoa passa por determinada situação que funciona como um divisor de água em sua vida, ela se diz modificada pela situação. Qual é o significado disso? A epigenética pode nos ajudar a explicá-lo”, disse ela.

Os benefícios médicos de uma visão epigenética da saúde e do desenvolvimento humano não é uma noção de promessas de recompensas em um futuro remoto. Médicos já estão se utilizando desta visão para tratar de pacientes.

“Provavelmente já estamos usando a epigenética, por exemplo, ao prescrever o ácido fólico às gestantes para prevenir defeitos no tubo neural embrionário que causam spina bífida”, diz Dowshen. O ácido fólico influencia na forma como o DNA da mulher é transmitido a seus filhos, reduzindo as chances do bebê desenvolver tal defeito de nascença devastador.

Comportamento de risco

Ele complementou que a epigenética também já levou médicos a encorajar gestantes a seguirem uma alimentação saudável, evitar o álcool e cigarros e eliminar ao máximo o estresse no ambiente em que vivem.

Segundo Dowshen e Yehuda, no futuro, resultados de estudos de epigenética poderão revelar novas formas de tratar a depressão, o câncer e o outras doenças por meio da manipulação genética. Dowshen diz que pessoas com histórico familiar de câncer possivelmente poderão evitar o desenvolvimento da doença com tratamentos de epigenética que inibem a expressão de genes causadores do câncer. A manipulação destes genes pode mesmo um dia levar à cura do câncer.

Enquanto isso, especialistas em epigenética dizem que as pessoas de hoje deveriam compreender que o estilo de vida que seguem irá afetar não somente sua própria saúde mas provavelmente terá um impacto também em seus filhos e netos.

Dowshen diz: “É muito provável que fatores ambientais, como alimentação saudável e atividades físicas, influenciem não somente no próprio indivíduo, mas em várias gerações dele originadas”.

Por Dennis Thompson
Do "New York Times"

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Publicado originalmente em:


http://www.educacaofisica.com.br/noticias/como-o-seu-estilo-de-vida-pode-afetar-seus-descendentes

segunda-feira, 20 de junho de 2011

SSupersonico








by JBSantos

Cabala

 

 

O que é que a Cabala tem?

Por que pessoas de diferentes credos se renderam à mística judaica e que ensinamentos esses novos alunos estão encontrando

Texto Cátia Franco

Conta a Torá que, após ter libertado os judeus da escravidão, Moisés gozava de grande prestígio não só entre seu povo, mas também na mais alta esfera divina. Deus lhe fazia diversas aparições e, em uma das visitas, teria lhe apresentado as leis que disciplinariam a vida dos judeus. Seguindo a orientação do Senhor, Moisés compilou-as na Torá, a Bíblia dos judeus. No entanto, o que muitos não desconfiavam é que, mais do que um calhamaço de leis, a Torá guardava informações valiosíssimas. Nas entrelinhas das 613 normas descritas no livro, estavam codificados os mistérios da criação do mundo.
Milhares de anos depois das conversas entre Deus e Moisés, seu conteúdo está conquistando cada vez mais adeptos, incluindo aí gente da nata de Hollywood. A cantora Madonna, por exemplo, já cansou de dizer que a cabala mudou sua vida. "Ela ensina que seu verdadeiro potencial não tem a ver com vender discos ou ser famosa. Tem a ver com o que você faz para tornar o mundo melhor", disse a cantora ao jornal inglês The Sunday Times, em 2004. Mas o que na cabala fez Madonna perceber que sua sina não era ser uma material girl? Quais são os ensinamentos por trás dessa sabedoria milenar? E por que eles estão se tornando pop?

Origens e influências
A história de que Moisés recebeu do Senhor os ensinamentos da cabala é apenas uma das muitas versões sobre sua origem. Há quem diga que Adão foi o primeiro a ter acesso a essa sabedoria e depois a transmitiu aos homens do patriarcado hebreu (Noé, Abraão, Moisés). Outros acreditam que um anjo a teria revelado ao misterioso sacerdote Melquisedec, que a repassou a Abraão. Todas essas lendas ajudaram a obscurecer os fatos sobre a verdadeira origem desse conhecimento místico.
Alguns estudiosos – entre eles o historiador Gershom Scholem, uma das maiores autoridades no assunto no mundo – concordam que o gnosticismo, movimento esotérico-religioso surgido nos primeiros séculos da nossa era, foi um de seus pontos de partida centrais. Os gnósticos eram pessoas que se dedicavam a refletir sobre questões que sempre intrigaram a humanidade: "quem somos?", "de onde viemos?", "para onde vamos?". Os judeus simpatizantes do pensamento gnóstico se basearam nas escrituras judaicas para criar um sistema de informações e interpretações secretas sobre a origem do Universo, visando justamente responder a essas perguntas. Era o prenúncio da cabala (a palavra deriva da raiz hebraica kibel, que significa "receber", já que os ensinamentos eram recebidos oralmente).
Ao longo dos séculos, esse sistema teria sofrido influências de elementos místicos de diversas religiões e filosofias. Do hinduísmo, por exemplo, herdou a crença de que as almas reencarnam. Dos povos da Caldéia, assimilou os conhecimentos de astrologia. Dos povos babilônios, a crença em anjos e demônios. Mas, de todas as vertentes do saber ocidental e oriental, foi o neoplatonismo, doutrina filosófica criada pelo egípcio Plotino no século 3, que exerceu a maior influência sobre o sistema que seria conhecido como cabala.
Plotino acreditava que Deus está além da compreensão humana e não possui qualquer representação. Essa idéia casou perfeitamente com a tradição legalista do judaísmo, que enxerga Deus sob uma perspectiva altamente sobre-humana e nem se atreve a nomeá-lo. O rabino Laibl Wolf, em seu livro Cabala Prática, de 2003, compara a luz (entenda-se aqui "energia") de Deus a uma lâmpada de brilho tão intenso que, se acendê-la, você corre o risco de ficar cego. Para ele, mesmo cobrindo-a com um pano translúcido, ela ainda será forte a ponto de ferir suas vistas. Somente depois de colocar diversos panos é que se torna possível enxergá-la e compreendê-la. Essa metáfora explica bem a constituição do símbolo máximo do conhecimento cabalístico, a Árvore da Vida (veja na página ao lado).

Ganhando o mundo
A cabala permaneceu restrita ao círculo judaico, tratada como um saber secreto e de elite, durante centenas de anos. Seus ensinamentos só poderiam ser recebidos por aqueles que atingissem o quarto nível de interpretação da Torá. O primeiro estágio (Peshat) era moleza. Todos os judeus tinham de passar por ele e aprender as leis que disciplinam seu comportamento social, ético e religioso. O segundo (Remez) mostrava o que havia por trás do significado literal. No terceiro nível (Derush), o iniciado descobria que as informações sobre a criação do mundo estavam escondidas sob metáforas e analogias. E só então estava habilitado a entender o quarto e último nível (Sod). Todo esse preparo levava muito tempo e, por isso, o seleto grupo de iniciados costumava ser formado por homens com mais de 40 anos.
No século 13, um grupo de cabalistas espanhóis começou a se preocupar com o risco de a tradição se perder e decidiu registrá-la. A publicação do Zohar – O Livro do Esplendor (ainda hoje a obra mais importante da cabala) sinalizava, pela primeira vez, uma tentativa concreta de popularizar esse saber. Nessa época, o clima na Espanha era favorável ao florescimento da mística judaica. Apesar de boa parte da Europa estar sob o jugo da Igreja, a Península Ibérica estava sob o domínio dos árabes desde o século 8. "Muçulmanos instalados na atual Espanha conviviam bem com outras culturas e religiões", conta o professor José Alves de Freitas Neto, do Departamento de História da Unicamp. Graças a essa tolerância, a cabala encontrou um campo fértil para se difundir.
Mas ainda se passariam 300 anos para que ela começasse a se popularizar. Em 1492, a paz na Península Ibérica foi quebrada e os reis da Espanha expulsaram do país todos que não estivessem dispostos a colaborar com a consolidação de um Estado cristão (entenda-se aqui tornar-se católicos da noite para o dia). Essa nova diáspora reacendeu o risco de não somente a mística, mas toda a tradição judaica se perder com a dispersão do seu povo pelo mundo. Na tentativa de garantir a continuidade da sabedoria, os cabalistas se estabeleceram em um novo centro, na cidade de Safed, em Israel. Lá surgiu uma das figuras mais importantes da cabala moderna: Isaac Luria.
Inspirado no Zohar, Luria fez uma releitura da sabedoria místico-judaica, criando a cabala luriânica, cujos ensinamentos continuam muito atuais. Seus seguidores acreditam que algumas das descobertas da ciência no século 20 já tinham sido reveladas por Luria 400 anos antes. "Ele já afirmava, no século 16, que o Universo nasceu a partir de um único ponto de luz, que se fragmentou. Apesar da diferença de denominação – os físicos chamam esse ponto de luz de matéria ou energia – é uma explicação bastante semelhante à teoria de criação do Universo conhecida como big-bang", escreveu o rabino Yehuda Berg, do Kabbalah Centre, de Los Angeles (o centro onde Madonna estuda).
Para ele, a cabala também encontrou, antes da psicanálise, a resposta para uma das maiores indagações da humanidade: a razão do sofrimento. De acordo com a sabedoria mística judaica, a dor e a tristeza impedem que o nosso ego cresça a ponto de nem a gente conseguir se suportar. "Neste momento, você deixa de praticar atitudes que possam ajudar a melhorar o mundo e passa a ter preocupações mesquinhas, como comprar um carro mais legal do que seu vizinho", diz Berg. Pelo comentário de Madonna no começo desta reportagem, dá para ver que ela estuda bem suas lições.
Para os cabalistas, esses conhecimentos já existiam na Torá, só que codificados. Tudo o que eles fizeram foi interpretá-los da maneira certa. "Como o olho físico, que manda uma imagem invertida ao cérebro, a Torá mostra suas histórias de cabeça para baixo. Somente a cabala pode reverter a imagem e nos apresentar a verdadeira compreensão e o verdadeiro significado espiritual", escreveu Rav Berg, irmão de Yehuda, no texto "A Torá Segundo a Cabala". Uma passagem da escritura judaica, contando que Deus ordenou a morte dos habitantes da nação inimiga Amalek, seria um exemplo de como os ensinamentos precisam de decodificação. "É uma instrução controversa à luz do mandamento ‘não matarás’. A cabala explica essa contradição. O Zohar mostra que a palavra Amalek tem o mesmo valor numérico que a palavra em hebraico para incerteza", escreveu Rav Berg. Ou seja, para ele, a mensagem de Deus é para que matemos as nossas próprias incertezas.

Cabala moderna
Mesmo depois dos ensinamentos cabalísticos terem sido passados para o papel, seu estudo ainda era restrito. "Formou-se um sistema filosófico e místico tão complexo que já não se tornava necessário cuidar para que poucos o penetrassem, pois só poucos estariam mesmo capacitados para isso", diz o verbete "cabala" do Dicionário Histórico das Religiões.
Hoje já não é mais assim. Alguns cabalistas têm se esforçado em traduzir para uma linguagem bem simples os ensinamentos místicos judaicos. O irmãos Berg são expoentes dessa turma, que busca mostrar aplicações práticas dessa sabedoria para pessoas comuns enfrentarem os desafios da vida. No livro Os 72 Nomes de Deus, Yehuda Berg ensina a usar determinadas combinações de letras hebraicas, que formam os chamados 72 nomes de Deus, para nos ajudar a solucionar desde o temido mau-olhado até casos complexos como infertilidade.
Essa tradução dos ensinamentos foi um fator decisivo na popularização da cabala nas últimas décadas. Mas, para os cabalistas, ela já estava prevista. "O Zohar já dizia que ‘as portas do conhecimento se abririam’, ou seja, que a sabedoria da cabala se expandiria", diz o rabino Nathan Silberstein, de São Paulo.
Mas a cabala não foi a única sabedoria mística a se popularizar no século 21. Para Leandro Karnal, chefe do Departamento de História da Unicamp e mestre em Ciências da Religião, diversos movimentos místicos emergiram nos últimos anos como fruto da insatisfação do homem com a religião, que institucionalizou a fé. "O padre, rabino ou qualquer outro chefe de uma instituição religiosa passa a ser o intermediário entre o homem e Deus. Aquela comunicação direta descrita nas escrituras sagradas desaparece", diz ele. Em meio à debandada de fiéis, a mística tem desempenhado papel fundamental: ela aproxima o homem de Deus, de forma menos dogmática e severa.
Mas nem todo mundo vê com bons olhos a maneira como alguns pregam essa popularização. "É preciso tomar cuidado. Uma coisa é você querer que as pessoas tenham acesso à informação e ensinar a elas como fazer isso. Outra é você simplificar esse conhecimento a ponto de gerar interpretações deturpadas ou errôneas", diz o rabino Nathan.
Seja porque estava escrito, seja porque os ensinamentos foram simplificados, seja porque ela exprime "as verdadeiras aspirações psicológicas do povo" (como disse o historiador Gershom Scholem), o fato é que a cabala está crescendo. Num mundo de poucas certezas e muitas promessas de fórmulas mágicas, para algumas pessoas ela tem sido uma espécie de bússola. Confiar ou não na direção apontada é uma escolha individual.

Cada sephirah (esfera) representa um dos atributos de Deus, que devem ser aprimorados por nós durante a vida. Além de ser uma espécie de mapa para nosso desenvolvimento espiritual, a Árvore da Vida representa o caminho que Ele fez para criar o Universo (indicado pelo relâmpago brilhante). "Qualquer ser vivo, fenômeno ou mesmo manifestação da realidade, como um novo projeto ou negócio, resulta dessa mesma fórmula", explica o cabalista Nelson Real Júnior.

1. Kether (Coroa):
Gera a energia ou vontade que vai impulsionar o processo de criação. No homem, é o grande potencial que ele possui, mas ainda desconhece. Como somos frutos da criação divina, nosso objetivo deve ser percorrer os caminhos até retornar a Kether.

2. Hockmah (Sabedoria):
É considerada a usina geradora da vida. Aquela inspiração "divina", idéia genial que surge de vez em quando, é obra de Hockmah.

3. Binah (Compreensão):
É a forma de bolo: recebe o impulso criador e lhe dá um formato. Binah nos ajuda a expressar nossas idéias.

4. Hesed (Misericórdia):
Já viu algum projeto dar certo sem dedicação? Se essa sephirah não está em forma, dificilmente se concretiza um intento. No homem, é a força vital e amorosa.

5. Geburah (Justiça):
Impede o desperdício e elimina os excessos num projeto. É graças a Geburah que viabilizamos nossas criações.

6. Tiferet (Beleza):
Trata-se do talento. Tiferet nos obriga a nos autoconhecer, para melhor direcionar nosso potencial criativo.

7. Netzach (Vitória):
É a nossa intuição, a voz oculta que nos dá a direção certa. Simboliza também a realização pessoal.

8. Hod (Glória em Esplendor):
Hod controla os impulsos arrebatadores de Netzach. É o pensamento analítico e estratégico.

9. Yesod (Fundamento):
No processo de criação, é aquele toque pessoal que diferencia um projeto dos demais. No homem, constitui a força que o leva a seguir adiante.

10. Malkhult (Reino):
É onde o projeto se materializa. Aqui presenciamos a obra completa.

Zohar – Trechos Selecionados, Ariel Bension (org.), Polar, 2005
Cabala – O Caminho da Liberdade Interior, Ann Williams-Heller, Pensamento, 2004
Cabala Prática, Laibl Wolf, Maayanot, 2003

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Postado originalmente em:

http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_387304.shtml

Aioria






by JBSantos

O Milagre da Vida

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...

Mas, enquanto houver amizade,

Faremos as pazes de novo.


Pode ser que um dia o tempo passe...

Mas, se a amizade permanecer,

Um de outro se há-de lembrar.


Pode ser que um dia nos afastemos...

Mas, se ainda sobrar amizade,

Nasceremos de novo, um para o outro.


Pode ser que um dia tudo acabe...

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,

Cada vez de forma diferente.

Sendo único e inesquecível cada momento

Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.


Há duas formas para viver a sua vida:

Uma é acreditar que não existe milagre.

A outra é acreditar que todas as coisas são milagres.


Albert Einstein

(A todos os meus alunos e ex-alunos)


Professor João Batista dos Santos... Poeta, Profeta e AVATAR da Esperança!