"Ouse, arrisque, não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito. Quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz." (Te amoooo, Cintia!)

Um Papel Essêncial...

O papel principal do professor é dar sentido a palavra educar, do latim “educare” (trazer para fora), assim cabe a ele ajudar o aluno no florescimento da criatividade, sua inteligência e seu interesse pelo mundo à sua volta.

Como professores devemos nos esforçarmos para atrair a curiosidade dos educandos, afinal, o conhecimento não tem limites, não vem pronto e acabado. Todavia, aqueles que buscam melhorar, que se empenham nessa tarefa, conseguem cumpri-la. Nossos alunos merecem o melhor de nós professores, e nós podemos melhorar junto com eles, basta querermos.

Envolver um aluno na sua própria sociedade é participar da vida dele, compartilhar das suas idéias e trabalhá-las; facilitar, encorajar, estimular, desenvolver, são ações que os educadores devem aplicar no dia-a-dia. Contudo, conhecer não é o bastante, é preciso compreender. Moldar mentes jovens significa também ser moldado por elas. Cada pessoa em si é uma unidade de conhecimentos únicos. É impossível conceber que um professor não queira ou precise aprender com seus colegas e alunos. Se não precisássemos ajudar ou sermos ajudados, nossa presença aqui seria totalmente desnecessária.

Creio que o educador deve professar a sua fé nos educandos, mesmo enfrentando dificuldades. Ilustrar o conhecimento e estimular o raciocínio lógico importa sim, mas isso se torna obsoleto sem a orientação moral e a sensibilidade de sentimentos. Estamos educando seres humanos para a vida, suas escolhas influenciarão e serão influenciadas pelas nossas. O “educar” deve ser regido pela lei do amor, por nós mesmos, pelos outros, pelo nosso mundo.

Se aquilo que está nos livros bastasse, nós já estaríamos no paraíso. A maioria das pessoas se concentra naquilo que não quer. Eu quero paz, prosperidade, amor, valores. Eu quero ensinar e aprender cada vez mais, e dar apenas uma ordem aos meus alunos: sigam seus sonhos!

João Batista dos Santos.

domingo, 24 de junho de 2012

Os Trapalhões

 
 
Ô da poltrona, aumente o volume aí porque os trapalhões estão de volta...
 
Ô da poltrona, ei psit, é o seguinte, não sei vocês, mas a minha infância foi marcada pelas estripulias dos Trapalhões, o nosso fab four do humor. Tive a honra de pegar parte da melhor fase do grupo que durante muito tempo reinou na nossa televisão e no cinema como os monarcas absolutos da comédia no Brasil. E olha que não era tarefa fácil, tendo em vista contemporâneos do métier como Jô Soares e Chico Anysio, esse último, em minha humilde opinião, o maior comediante do mundo.
Já os trapalhões, formado pelo “amarelinho” Didi (Renato Aragão), o cabeça do grupo, Dedé Santana, o metido a galã, Mussum, o autêntico malandro da Mangueira e Zacarias, o mineirinho com alma de criança, por meio de suas origens diferentes e tipos engraçados que criaram, representavam a essência do povo brasileiro.
Com o humor simples, direto e popular que formataram ao longo de mais de uma década, eles se transformaram no quarteto mais querido e engraçado do país, capaz de lotar 100 “Maracanãs”, numa única noite de domingo, com mais de 20 milhões de espectadores estáticos diante da televisão.
“As pessoas compram essa lição secreta do mundo mágico dos trapalhões como aplaudem os desejos felizes que Aragão imagina em seus filmes”, narra Chico Anysio, no documentário O mundo mágico dos trapalhões, produção de 1980, realizada por Silvio Tendler.
Na ingênua mistura de malabarismo circense, comédia pastelão e teatro de variedade, com o humor espalhafatoso dos irmãos Marx e o lirismo tocante do universo de Charles Chaplin, um dos ídolos de Renato Aragão, eles conquistaram não só a garotada, mas os pais dela também. Uma tradição que passa de pai para filho, graças aos DVDs que hoje trazem não apenas os melhores momentos do quarteto na televisão, mas no cinema também.
Basta lembrar que nos anos 70, entre os 20 filmes de maior bilheteria do cinema nacional, oito eram dos trapalhões, que na maioria das vezes conseguiam desbancar até mesmo as produções hollywoodianas. Era uma época em que o povo brasileiro ria em português. Ou seja, o sucesso de Tropa de elite não é novidade.
Volta e meia, quando o tédio aperta e o sono não chega, eu e minha afilhada tiramos um dos filmes do Didi e sua turma da nossa estante mágica, dando espaço ao sonho, à magia e a gargalhada fácil. É isso a “cacildis!”.
Os meus cincos filmes preferidos dos trapalhões:
Os quatro juntos fizerm mais de 20 filmes, atigindo um público de aproximadamente 10o milhões de pessoas. Alguns desses títulos perfilam entre as maiores bilheterias do cinema nacional. Abaixo o meu top five dos Beatles da nossa comédia.
Didi encarna o malandro João Grilo, na clássico obra de Ariano Suassuna. Segundo o autor, esse filme foi a melhor adaptação de sua obra
Os trapalhões no auto da Compadecida
Uma vez, entrevistando o grande escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, em Brasília, não resisti e perguntei o que ele achava das adaptações de sua obra máxima para o cinema e televisão. E ele, com sua sinceridade obtusa, não pestanejou:
- Gosto de todas, mas a melhor que já fizeram foi a com os trapalhões.
Quase caí das nuvens.
Dirigido em 1987 por Roberto Farias, o filme é uma obra-prima na carreira do cineasta (irmão de Reginaldo Farias), e da trajetória do grupo. Curiosamente, seria um divisor de águas também, porque a partir desse projeto, a qualidade de seus filmes degringolaria vertiginosamente.
No elenco, nomes de peso como Raul Cortês e Cláudia Jimenez, mas quem rouba a cena é Didi, perfeito na pele do malando João Grilo, o amarelo mais safado que se tem notícia. Junto com Dedé seu eterno comparsa, aqui como Chicó, eles irão desafiar e escancarar a hipocrisia que ronda a Igreja e os donos do poder.
Zacarias encarnaria o padeiro traído e Mussum, esbanjando dramaticidade em atuação soberba, dando voz a ninguém menos que Jesus. Bem queimadinho, é bem verdade, como observaria João Grilo, mas mesmo assim o filho de Deus.
A segunda parte do filme é lirismo puro. (Visto por 2.610.371 pessoas)
O trapalhão nas Minas do Rei Salomão
Filmado em 1977, no auge da carreira, o filme, que ainda não contaria com o baixinho Zacarias, seria a maior bilheteria da história do grupo no cinema, com quase seis milhões de expectadores. Parte do sucesso se deve ao fato de que, naquele ano, eles estreavam na Globo, então, a maior
Mussum e Wilson Grey, numa das cenas de O trapalhão nas Minas do rei Salomão
emissora do país. Não sei você, mas eu perdi a conta de quantas vezes assisti à fita na Sessão da Tarde, morrendo de medo daquela bruxa pavorosa, que parece ter sido tirada de O mágico de Oz. O final é apoteótico, com cabanas pegando fogo, uma cena antológica do Didi pilotando um enorme trator e momento melancólico, com nosso herói chorando a morte de seu melhor amigo, o cãozinho Totó. (Visto por 5.786.226 de pessoas)
O rei e os trapalhões
O prestígio do grupo era tamanho que eles filmaram parte dessa produção de 1979 no Marrocos, a fim de dar maior realidade à história de quatro ladrões que, por acaso, são contratados para salvar o rei das mãos de vilão inescrupuloso. Uma releitura bem atrapalhada de uma das tramas do clássico As mil e uma noite, o enredo brinca com os principais signos da cultura árabe e traz tudo, a lâmpada mágica e o seu Gênio, beduínos irados no deserto, odaliscas e princesas angelicais e “miragens” deslumbrantes.
A última parte do filme dirigido por Adriano Stuart é uma crônica social corrosiva, bem ao estilo do grupo, às mazelas do país, ainda sob a égide do regime militar. (Visto por 4.240.757)
Os saltimbancos trapalhões
Realizado em 1981, é de longe o trabalho mais esmerado do quarteto, e desde o início Renato Aragão se empenhou que realmente fosse. “Queria fazer o melhor filme da minha carreira”, disse na época do lançamento. Dirigido por J.B. Tanko, o diretor da Atlântida que seria recrutado pela turma anos depois para trabalhar em seus projetos nos anos 70, Os saltimbancos trapalhões é tido pela crítica o melhor filme dos trapalhões.
A história gira em torno de um grupo de artistas circenses simplórios que ganha simpatia da plateia depois de uma apresentação surpresa cheia de erros e acertos no picadeiro. Uma vez enfronhados na rotina de trabalho e no meio dos artistas, eles descobrem que o patrão e alguns funcionários da casa estão envolvidos em corrupção. Entre confusões e muita atrapalhada eles tiram todo mundo do sufoco, salvado a imagem do circo.
Com os saltimbancos trapalhões Renato Aragão quis realizar seu melhor filme
Com trilha sonora assinada por ninguém menos do que Chico Buarque, a produção, que quase chegou a ser dirigida por Cacá Diegues e Nelson Pereira dos Santos, teve algumas cenas rodadas nos estúdios da Universal, em Hollywood, e a atriz Lucinha Lins como a mocinha da trama. O desfecho chaplineano, com Didi sozinho no meio do picadeiro ao lado da inseparável fantasia, que chora, é inesquecível. (Visto por 5.218.574)
Os trapalhões e o mágico de Oróz
Com certeza não é o melhor filme dos trapalhões, mas adoro por conta da brincadeira, bem ao estilo brasileiro, que eles fazem em cima de um dos clássicos do cinema norte-americano. Acho inclusive, infinitamente melhor do que a adaptação da Motown, de 1978, com Michael Jackson como espantalho.
Quem acompanha a trupe sabe que suas adaptações para o cinema eram meros decalques, paródias e releituras histriônicas de clássicos da literatura e do cinema como O trapalhão no planalto dos macacos (1976), Os trapalhões na guerra dos Planetas (1978), O Cinderelo trapalhão (1979) e O cangaceiro trapalhão (1983).
O enredo tem uma pegada bastante social, focada no drama da seca no Nordeste e com os personagens e roteiro costurados dentro desse contexto. Não é uma obra-prima, mas essencialmente honesto. (Visto por 2.465.899)
* Este texto foi escrito ao som de: Caetano Veloso (Caetano Veloso – 1967)

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Publicado Originalmente em:
http://luciointhesky.wordpress.com/tag/o-cinderelo-trapalhao/

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O Milagre da Vida

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...

Mas, enquanto houver amizade,

Faremos as pazes de novo.


Pode ser que um dia o tempo passe...

Mas, se a amizade permanecer,

Um de outro se há-de lembrar.


Pode ser que um dia nos afastemos...

Mas, se ainda sobrar amizade,

Nasceremos de novo, um para o outro.


Pode ser que um dia tudo acabe...

Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,

Cada vez de forma diferente.

Sendo único e inesquecível cada momento

Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.


Há duas formas para viver a sua vida:

Uma é acreditar que não existe milagre.

A outra é acreditar que todas as coisas são milagres.


Albert Einstein

(A todos os meus alunos e ex-alunos)


Professor João Batista dos Santos... Poeta, Profeta e AVATAR da Esperança!