Um Papel Essêncial...
O papel principal do professor é dar sentido a palavra educar, do latim “educare” (trazer para fora), assim cabe a ele ajudar o aluno no florescimento da criatividade, sua inteligência e seu interesse pelo mundo à sua volta.
Como professores devemos nos esforçarmos para atrair a curiosidade dos educandos, afinal, o conhecimento não tem limites, não vem pronto e acabado. Todavia, aqueles que buscam melhorar, que se empenham nessa tarefa, conseguem cumpri-la. Nossos alunos merecem o melhor de nós professores, e nós podemos melhorar junto com eles, basta querermos.
Envolver um aluno na sua própria sociedade é participar da vida dele, compartilhar das suas idéias e trabalhá-las; facilitar, encorajar, estimular, desenvolver, são ações que os educadores devem aplicar no dia-a-dia. Contudo, conhecer não é o bastante, é preciso compreender. Moldar mentes jovens significa também ser moldado por elas. Cada pessoa em si é uma unidade de conhecimentos únicos. É impossível conceber que um professor não queira ou precise aprender com seus colegas e alunos. Se não precisássemos ajudar ou sermos ajudados, nossa presença aqui seria totalmente desnecessária.
Creio que o educador deve professar a sua fé nos educandos, mesmo enfrentando dificuldades. Ilustrar o conhecimento e estimular o raciocínio lógico importa sim, mas isso se torna obsoleto sem a orientação moral e a sensibilidade de sentimentos. Estamos educando seres humanos para a vida, suas escolhas influenciarão e serão influenciadas pelas nossas. O “educar” deve ser regido pela lei do amor, por nós mesmos, pelos outros, pelo nosso mundo.
Se aquilo que está nos livros bastasse, nós já estaríamos no paraíso. A maioria das pessoas se concentra naquilo que não quer. Eu quero paz, prosperidade, amor, valores. Eu quero ensinar e aprender cada vez mais, e dar apenas uma ordem aos meus alunos: sigam seus sonhos!
João Batista dos Santos.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Uso de videogames ajudam na recuperação de pessoas que sofreram AVC
No estudo, foram analisadas 19 pesquisas dos Estados Unidos e da Austrália, nas quais comparou-se o uso de realidade virtual com o tratamento fisioterápico comum. “Obter conclusões desses dados foi difícil, entretanto, porque as amostras geralmente eram pequenas e havia uma grande variedade de interfaces usadas”, explicou Kate Laver, autora do estudo e terapeuta ocupacional do Departamento de Reabilitação e Cuidado de Idosos na Universidade de Flinders (Austrália), ao The Cochrane Library.
Interfaces de realidade virtual permitem que as pessoas se desliguem do mundo real momentaneamente e fiquem imersas em um ambiente gerado por computador. Desse modo, podem tentar mover os membros afetados pela doença, estimulando as funções musculares motoras e brincando ao mesmo tempo. “Programas de realidade virtual e jogos interativos de videogame podem ser mais interessantes e agradáveis do que a terapia tradicional. Assim, os pacientes se sentem mais motivados a participar com mais intensidade e frequência das atividades de fisioterapia”, afirmou a pesquisadora australiana ao Correio.
Para Laver, foi surpreendente notar que os efeitos dos jogos foram significativos na melhora da função dos braços, em termos de alcançar e manipular objetos, bem como fazer movimentos amplos ou curtos (como ao fazer passos de dança). Essa evolução na saúde de cerca de 300 pessoas, das 565 que participaram das pesquisas analisadas, lhes permitiu realizar atividades do cotidiano, como cozinhar, abrir portas e pegar objetos mais facilmente. “Esses resultados foram impressionantes, porque os tratamentos não eram direcionados especificamente para aprimorar tais atividades”, comenta a pesquisadora.
Na análise, foi ressaltado que consoles como o Wii e o Xbox360 — com o uso do sensor Kinect — usam em seus games princípios comuns aos das atividades de reabilitação, como repetição de movimentos, mudança da intensidade dos exercícios e a necessidade de imaginar as ações, após visualizá-las na tela da televisão. A pesquisadora lamenta, entretanto, que poucos estudos analisados tenham tratado desses consoles e sim focado em interfaces criadas por universidades, “pois os videogames já existentes são amplamente usados na prática clínica”. Ela mesma conta ter testado jogos do Nintendo Wii.
Laver ressalta como positiva a possibilidade de os pacientes praticarem sozinhos exercícios que estimulem a função motora. “Eles executam tarefas que não podem ser ou não são normalmente praticadas em uma clínica, como o uso de um simulador de direção de carro”, descreve. Além disso, a terapeuta ocupacional acrescenta que, “ao ter a possibilidade de usar as interfaces de realidade virtual por conta própria, a pessoa em recuperação não precisa interromper o processo de fisioterapia caso o médico precise se afastar do tratamento temporariamente”.
Estímulos
O coordenador do Centro de Estudos de Doenças Cérebro-Vasculares do Hospital Anchieta, Ricardo de Campos, conta que os movimentos coordenados e bem elaborados, assim como a destreza manual e a harmonia dos atos motores para vestir uma roupa, são resultados de anos de treinamento e aprendizado cerebral. “O movimento coordenado somente é possível pela integridade de vias neuronais, fato esse verificado quando um AVC destrói áreas ligadas a essa ‘memória motora’”, detalha. Desse modo, após o popular derrame, o cérebro da pessoa pode se “esquecer” de um membro ou de alguma parte importante do corpo para executar movimentos.
Campos compara os estímulos ao cérebro de um adulto com AVC aos do de uma criança. “Uma criança criada com acesso ao ambiente virtual, a jogos eletrônicos e a realidades cibernéticas apresenta um córtex motor e visual muito mais desenvolvido do que uma criança na mesma faixa etária criada em isolamento dentro de um apartamento assistindo a desenhos animados”, descreve. “Se esse conhecimento vale para o desenvolvimento de um cérebro infantil, também poderia ser adotado para finalidades de reabilitação, em que o cérebro deverá passar por um novo e insistente processo de reaprendizado.”
O neurologista Gabriel Rodriguez de Freitas, vice-coordenador do Departamento de Doenças Cerebrovasculares da Academia de Neurologia, afirma que nos últimos anos vêm sendo desenvolvidos cada vez mais estudos científicos sobre o melhor tipo de fisioterapia para auxiliar a recuperação dos pacientes. “Muitas dessas pesquisas focam no uso da tecnologia e da robótica para tentar uniformizar ou retomar os movimentos de quem tem sequelas motoras. No caso da realidade virtual, esses aparelhos têm conseguido ajudar na imaginação do movimento, que é muito importante para a pessoa melhorar”, assegura.
Freitas acredita que essas interfaces são menos monótonas do que o tratamento comum, o que torna a fisioterapia mais estimulante, principalmente para jovens. “Isso também pode uniformizar a reabilitação, pois quando as pessoas vão a fisioterapeutas diferentes, provavelmente os exercícios que farão também serão distintos”, explica.
Diversão
A gerente Elizângela Vieira Alves, 33 anos, ficou bastante empolgada com os resultados do estudo. Ela faz fisioterapia há duas semanas para recuperar a força e equilíbrio do corpo, afetados após ter sofrido um AVC isquêmico no começo de agosto. “No lado direito do corpo, perdi um pouco da sensibilidade mais avançada. Se passar a mão no braço direito, eu sinto, mas se beliscar, não”, exemplifica. Em pouco tempo de fisioterapia, ela já recuperou parte do equilíbrio, a ponto de não usar mais a bengala para se movimentar. Para melhorar mais rapidamente, ela repete os movimentos que aprende na clínica em casa.
“Mas com certeza seria muito interessante usar jogos de videogame para ajudar na recuperação. Além de ser uma atividade mais divertida e que eu poderia fazer em casa, tem o ponto positivo de mexer tanto com a parte motora quanto com a parte psicológica”, destaca. Elizângela mostrou vontade de iniciar atividades desse tipo. “Se tiver oportunidades de fazer sessões de terapia com videogame, certamente eu me voluntariaria a participar”, garante.
A aposentada Ieda Lins, 70 anos, também se interessou pela descoberta. “Eu gostaria de tentar uma atividade dessas. Ia ser divertido”, estima. Ieda sofreu um AVC isquêmico há um mês e atualmente está em processo de recuperação. Ela perdeu a força no braço e na perna esquerdos e faz fisioterapia para se recuperar. “Ainda tenho dificuldade para segurar objetos, mas já melhorei um pouco. Não me arrisco a ficar em pé sozinha, por enquanto. Para andar, preciso que alguém me segure”, conta. As duas pacientes acreditam que qualquer descoberta que venha ajudar o tratamento é válida.
Próximo passo
Kate Laver afirma que a realidade virtual pode ser uma ferramenta terapêutica promissora para pacientes que tiveram acidentes vasculares cerebrais. “Mas esse estudo requer mais pesquisas na área, principalmente para determinar quais características da realidade virtual são as mais importantes”, admite. Ela ressalta que pretende atualizar a análise nos próximos dois anos, a fim de buscar conclusões sobre os efeitos dos jogos interativos na velocidade de caminhada e na força das mãos.
Por Thais de Luna
O bullying tem o seu papel - saiba qual é
O termo bullying significa a prática de agredir alguém fisicamente, verbalmente, até por atitudes (como caretas). Mas tem sido usado como um alarme, um chamado para que adultos interfiram no relacionamento de seus filhos e alunos. Uma nova linha de pesquisadores, no entanto, vem defendendo que o bullying não é necessariamente um problema para gente grande. Segundo eles, as picuinhas entre crianças e adolescentes devem ser resolvidas pelos próprios envolvidos. Sem adultos como juízes.
Um rito do início da vida
Esses especialistas não dizem que crianças devem trocar socos na saída da escola. Nem que apanhar faz bem. Afirmam, sim, que disputar é como um rito, pelo qual passamos no início da vida para saber enfrentar as encrencas maiores do futuro. Afinal, fazemos isso desde os tempos mais remotos. "Em boa parte da história da humanidade a agressão foi um traço adaptativo", escreve Monica J. Harris, professora de psicologia da Universidade do Kentucky, em Bullying, Rejection and Peer Victimization (sem tradução em português). No passado, os homens disputavam comida para garantir a sobrevivência. O conflito definia quem ia perpetuar a espécie e quem ficaria para trás. "Aqueles humanos mais agressivos em termos de buscar as coisas e proteger seus recursos e parentes tinham mais chances de sobreviver e reproduzir", afirma Monica. Enquanto os homens teriam aprendido a usar a força física, as mulheres desenvolveram habilidades mais sutis, como agressões verbais - fofocas e rumores.
Se antes essas táticas garantiam a sobrevivência, hoje nos ajudam no convívio social. Quando as crianças deixam o conforto do lar para frequentar o colégio, descobrem que nem sempre suas vontades são atendidas. E que precisam negociar o tempo todo, como por um brinquedo ou por um lugar para sentar. Sem passar por isso, será mais difícil lidar com um desafeto no futuro, como um chefe, o síndico do prédio ou aquele amigo que empresta dinheiro e nunca paga.
As vantagens de ter um rival
O resultado da superação desses primeiros embates aparece cedo. Um estudo com 2 mil crianças com idade de 11 e 12 anos feito pela Universidade da Califórnia em Los Angeles mostrou que aquelas que tinham algum rival na turma da escola eram vistas como mais maduras pelos professores. As meninas que reagiam a alguma antipatia foram consideradas donas de maior competência social. Os meninos com inimizades foram classificados como alunos com melhor comportamento. Nesses casos - que não envolviam agressões físicas, segundo a pesquisa -, as crianças não só aprenderam a reagir a menosprezo, pressão e sarcasmo como ainda ganharam status no colégio. "Tanto para meninos quanto para meninas, ter uma antipatia mútua com alguém de outro sexo é associado a popularidade", escreve a pesquisadora e autora do estudo Melissa Witkow, hoje professora de psicologia da Universidade Willamette, nos EUA.
Medo: o rival dos pais
A recente onda de crimes ligados a bullying, no entanto, criou o temor de que crianças e adolescentes talvez não deem conta da briga sozinhos. A comprovação disso estaria em casos como o de Wellington Menezes de Oliveira, que guardou por anos o rancor das humilhações que passou em um colégio em Realengo, no Rio de Janeiro - até voltar lá, em abril, e disparar contra alunos, deixando 13 mortos. O resultado de histórias assim foi uma pressão de pais, mestres e legisladores para que o comportamento das crianças seja mais controlado. E para que até a polícia seja chamada para impedir as agressões. Em junho, o Senado brasileiro aprovou um projeto de lei determinando que as escolas inibam atitudes e situações que possam gerar bullying (o projeto segue para a Câmara). Em maio, um americano de 17 anos, que não teve o nome divulgado pela polícia, foi preso por dar notas às colegas de turma - altas para as mais bonitas, baixas para as mais feias - e publicar a avaliação no Facebook.
A "amnésia" dos adultos
Essa reação é chamada de superproteção pelos pesquisadores que defendem a não intervenção dos adultos nas disputas entre crianças e adolescentes. "É como se o mundo inteiro estivesse sofrendo de amnésia. Os adultos se esqueceram de que passaram pelas mesmas disputas no colégio", diz Helen Guldberg, psicóloga e professora de desenvolvimento infantil na Open University, Inglaterra. Segundo Helen, estamos julgando as atitudes das crianças com base nos valores de adultos. "O comportamento das crianças - as palavras que usam, o jeito brusco com que, por exemplo, excluem outros de suas brincadeiras - está sendo julgado com a seriedade com que encararíamos o relacionamento entre adultos em um escritório", afirma.
Quando os adultos devem entrar em ação
Essa linha de não intervenção defendida por gente como Helen Guldberg é polêmica. Para os críticos, desavenças simples podem ser o início de conflitos mais graves - eventos que poderão deixar marcas físicas e psicológicas. "O bullying é um problema sério que precisa ser combatido", diz Aramis Lopes Neto, pediatra e estudioso do tema. Mas em um ponto as duas linhas concordam: quando a briga se repete e se prolonga por um tempo, e só um lado sai sempre perdendo, é porque a criança já está derrotada. E é hora de os adultos entrarem em ação.
Os sinais de que é preciso intervir
Prestar atenção ao comportamento da criança ajuda a descobrir se é o caso de intervir. Mudanças repentinas, como queda no desempenho escolar ou aumento da agressividade, são sinais importantes. Se o problema não for resolvido, alguns efeitos podem se estender. "Muitos adultos trazem da infância dificuldades de relacionamento social e baixa autoestima", afirma Lopes Neto. Isso atrapalharia a vida profissional e pessoal, como a capacidade de manter relacionamentos estáveis. "Há vítimas que não se desenvolvem profissionalmente por medo de se expor e se tornar alvo de bullying no trabalho", diz o médico. É como se elas não conseguissem nunca sair da zona de conforto. Exatamente o que pode acontecer com quem passa a infância na sombra dos pais, sem enfrentar uma briga sozinho.
Como lidar
Se os pais sentem que a criança não está conseguindo resolver suas disputas sozinha, talvez seja a hora de ajudar. "A família deve mostrar que está atenta às agressões", afirma o pediatra Aramis Lopes Neto. E pedir a colaboração da escola. Programas que incluem esportes, artes e brincadeiras ajudam a inserir a criança no círculo dos colegas. "Melhorar as relações no colégio significa para as crianças um aumento de confiança e o sentimento de que ela é aceita", diz Dan Olweus, professor de psicologia da Universidade da Noruega, no livro Bullying at School.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
USP testa técnica contra diabetes 1 sem uso de injeção de insulina
Mas a cirurgia ainda tem problemas sérios, como a exigência de que o paciente passe a tomar remédios imunossupressores para evitar a rejeição às células transplantadas. Essas drogas baixam as defesas do corpo. Outra dificuldade é manter as ilhotas produzindo insulina a longo prazo.
Estudos de um grupo canadense mostram que, depois de cinco anos, apenas 10% dos pacientes transplantados estavam livres das injeções do hormônio.
Para sanar esses problemas, pesquisadores do Nucel (Núcleo de Terapia Celular e Molecular), sob a coordenação da bióloga Mari Sogayar, professora titular do Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da USP, criaram uma cápsula que envolve as ilhotas.
A cápsula é feita de um material, patenteado como BioProtect, feito de alginato, extraído de algas marrons. A estrutura tem ainda substâncias que melhoram a função e a longevidade das ilhotas.
Segundo o médico Thiago Rennó dos Mares Guia, coordenador do grupo de microencapsulamento do Nucel, a composição da cápsula permite a entrada de oxigênio nas células e a saída de insulina. Ao mesmo tempo, a barreira impede que células do sistema imunológico destruam as ilhotas.
O material que envolve as células foi desenvolvido em parceria do Nucel com a CellProtect Biotechnology, empresa criada em incubadora da USP para criar substâncias usadas em terapia celular.
A cápsula já foi testada em camundongos diabéticos, com sucesso --o material provou sua capacidade de diminuir a rejeição ao transplante de ilhotas, que produziram insulina por mais tempo.
O próximo passo, segundo Sogayar, é testar em animais maiores e em seres humanos. Mares Guia acredita que, se tudo correr bem, esses testes podem começar dentro de um ou dois anos.
O que está mais perto de acontecer é a retomada dos transplantes de ilhotas, ainda sem as cápsulas, no Hospital das Clínicas da USP.
"De 2007 para cá ficamos sem recursos. Já temos a aprovação do Hospital das Clínicas. Faltam mais dinheiro e o recrutamento de pacientes", diz Sogayar.
Para serem submetidos à técnica experimental, os pacientes devem ter grandes variações de glicemia e episódios frequentes de hipoglicemia sem o aparecimento de sintomas.
Conheça a 'síndrome da simpatia'
Descrita em 1961, a síndrome é causada pela falta de 22 a 28 genes em um dos pares do cromossomo 7 (ao todo, são 23 pares de cromossomos, estruturas do DNA pelas quais se distribuem os genes). Até agora foram identificados os sintomas ligados a 20 desses genes ausentes. Para avançar no conhecimento da doença, o governo americano liberou, há três meses, US$ 5,5 milhões para custear as pesquisas de um grupo multi-institucional de cientistas reunidos no Instituto Salk de Estudos Biológicos. “Nosso foco é entender as ligações entre os comportamentos e as bases genéticas e neurobiológicas da doença”, disse Ursula Bellugi, pesquisadora que lidera o grupo.
No Brasil, a Universidade de São Paulo e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) conduzem pesquisas. “Estudamos quais genes faltam em cada paciente e comparamos com as manifestações da síndrome em cada um”, explicou o geneticista Danilo Moretti-Ferreira, da Unesp. O objetivo é identificar as funções de genes cujo impacto ainda não foi descrito na doença.
Pouco conhecida, a doença é subdiagnosticada, o que pode gerar problemas sérios. “Cerca de 60% dos bebês com a síndrome nascem com problemas no coração, como a estenose da válvula aórtica. Precisam ser diagnosticados para ter acompanhamento”, afirma Jô Nunes, fundadora e presidente da Associação Brasileira da Síndrome de Williams (ABSW). Mãe de Jéssica, portadora da doença, Jô foi a mais de uma centena de médicos até obter o diagnóstico, feito quando a menina completou 7 anos. Jéssica submeteu-se a três cirurgias cardíacas, entre elas um transplante. “Seu caso foi pioneiro e abriu as portas para outras crianças receberem o transplante. Mostrou também que, se tiverem o suporte adequado, as crianças com Williams terão boa qualidade de vida”, diz Jô. A garota, que estagiava em um hotel, morreu em 2010, aos 19 anos, em consequência de uma infecção. Mas há pacientes com idade avançada.
Muitos pais repetem a perambulação por consultórios. “Meu filho só foi diagnosticado aos 5 anos”, diz Maira Zamorano, mãe de Felipe, 10 anos. “Ainda bem que ele já fazia sessões de fonoaudiologia e fisioterapia para auxiliar seu desenvolvimento”, diz. Após o diagnóstico, Maira foi à escola para propor adaptações na rotina do filho. Por exemplo, deixá-lo sair da aula quantas vezes quisesse para ir ao banheiro. “Crianças com Williams pedem para fazer xixi várias vezes num curto espaço de tempo. Em geral, as professoras não entendem essa necessidade”, esclarece a geneticista Adriana Bührer Nascimento, diretora-científica da ABSW.
A ex-dona de escola Belinha Lacerda deixou o trabalho para cuidar da filha Juliana, 30 anos. “Ela se desenvolveu muito e mostrou uma musicalidade impressionante”, diz. Belinha procura incutir na filha o cuidado com estranhos. “Ela fala com todos e fica exposta a riscos.”
A ABSW está numa cruzada para tornar os sintomas da doença mais conhecidos. Uma das metas é conscientizar os pediatras para a necessidade de medir a pressão arterial dos bebês. “É um meio de identificar a síndrome e vários outros problemas”, diz a geneticista Adriana. Outra reivindicação é tornar realidade as consultas com geneticistas na rede pública. Hoje, o SUS não as oferece, apesar de a contratação desses especialistas ter sido aprovada há cinco anos. Em setembro, a entidade fará um almoço para arrecadar fundos. Quem quiser fazer doações deve entrar em contato pelo e-mail swbrasil@swbrasil.org.br
14 sintomas que devem levá-lo imediatamente ao médico
De acordo com Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, a demora em procurar ajuda médica pode resultar em complicações no tratamento que poderiam, muitas vezes, serem evitadas. "O ideal é que se procure um médico já nas primeiras 48 horas após o aparecimento desses sintomas", diz.
Confira abaixo uma relação de 14 sintomas elencados por especialistas consultados por VEJA, que devem servir como um sinal de alerta importante. Ao surgimento de algum deles, o ideal é que um médico seja procurado para o devido diagnóstico do problema.
14 sintomas que não podem ser ignorados
Perda de peso sem causa aparente
Uma perda involuntária de mais de 10% do peso corporal nos últimos seis meses deve ser investigada. Diversas condições médicas podem causar o súbito emagrecimento. Entre elas estão o hipertireoidismo, o diabetes, a depressão e outros distúrbios psicológicos, doenças do fígado, cânceres ou outras doenças que interferem na maneira como o corpo absorve nutrientes.
Febre persistente
Normalmente, crianças têm mais casos de febres do que adultos e com temperaturas mais elevadas, mesmo em situações benignas. Mas, quando essa febre dura mais de uma semana acima dos 37,5 graus, é hora de procurar um médico. De acordo Arnaldo Lichtenstein, clínico geral do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, mais da metade das febres sem causa aparente são causadas por infecções — que podem ir de uma infecção urinária a casos de tuberculose. Ainda há casos que são causados por cânceres (como o linfoma), doenças autoimunes, uso contínuo de alguns medicamentos e doenças reumatológicas. Se a febre for muito alta, acima dos 39,4 graus, o médico deve ser procurado o mais rápido possível.
Falta de ar
Se a dificuldade para respirar ultrapassa as limitações de um nariz congestionado ou da prática de uma atividade física pesada, pode haver um problema respiratório como pano de fundo. Entre as causas estão a doença pulmonar obstrutiva crônica, anemia, bronquite crônica, asma, pneumonia, embolia pulmonar e problemas de coração e pulmão. "Em alguns casos a falta de ar tem fundo emocional", diz Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. Os episódios de ansiedade costumam vir acompanhados de aumento na frequência cardíaca, sudorese, falta de ar e outros sintomas físicos.
Mudanças inexplicáveis nos hábitos intestinais
Entenda-se por alteração intestinal qualquer quadro que não seja o normal de cada pessoa. Entre as mudanças mais comuns estão: fezes com sangue, escuras ou amareladas; prisão de ventre ou diarreia persistente; e vontade incontrolável de defecar. Essas mudanças podem significar a presença de infecções bacterianas (como a Salmonella), virais ou parasitárias. Há casos ainda de problemas como a síndrome do intestino irritável, câncer de cólon e doença celíaca.
Mudanças repentinas no estado mental
Casos de confusões repentinas de pensamento, de concentração e de memória, ou desorientação tempo e espacial, e até mudanças súbitas no comportamento — como tornar-se agressivo — são sinais de que um médico deve ser procurado o mais breve possível. As mudanças rápidas no estado mental podem significar diversos problemas, como infecção, anemia, baixo índice glicêmico, desidratação ou problemas mentais. Em alguns casos, ela pode ser causada por um acidente vascular cerebral (derrame) ou por um tumor.
Sentir-se saciado mesmo depois de comer pouco
Sentir-se saciado após ingerir pequenas refeições é um sinal de que há algo errado com o organismo. Para saber se a saciedade chega antes da hora, vale uma regra de comparação: se ao comer a mesma quantidade de sempre, a pessoa sente-se empanturrada. Assim, ela acaba tende de comer menos do que o habitual para ficar saciada. A sensação de saciedade pode vir acompanhada ainda de náusea, vômitos, inchaço, febre e perda ou ganho de peso. As possíveis causas para o problema são: refluxo gastroesofágico, síndrome do intestino irritável, gastrite, úlcera, problemas na vesícula ou no esôfago. Em casos mais severos, pode ser sinal de câncer.
Ver flashes de luz
Visualizar manchas brilhantes ou alguns flashes de luz pode ser um sinal de alterações na retina, como uma má circulação ou mesmo seu descolamento. Outros problemas são alterações no vítrio do olho, um líquido que fica entre o cristalino e a retina. Há casos ainda que esses sinais luminosos indicam o começo de uma crise de enxaqueca com áurea.
Tontura ou sensação de desmaio
Casos em que a tontura ocorre após uma forte pancada na cabeça e vem acompanhada de febre alta, perda súbita de audição, dor no peito e visão podem ser graves e devem ser encaminhados imediatamente para o serviço de emergência hospitalar. Outros casos de urgência veem ainda acompanhados de enfraquecimento das pernas ou braços, fala embaralhada, perda de consciência e mal-estar. Entre as causas estão: problema cardíaco, anemia, enxaqueca, síndrome metabólica, transtornos de ansiedade, distúrbios emocionais ou neurológicos, lesões na cabeça e medicamentos.
Sede intensa e muitas idas ao banheiro para urinar
Beber quantidades elevadas de água (cerca de quatro litros por dia) e ir ao banheiro em intervalos menores do que o de costume podem ser sintomas de rinite alérgica ou de que os níveis de glicemia do sangue estão desregulados. "Em tempos secos, a pessoa com rinite bebe mais água e acaba indo ao banheiro", diz Arnaldo Lichtenstein. Mas como o sintoma pode ser ainda um sinal de diabetes, deve-se procurar um médico para o diagnóstico adequado.
Urina escura ou pele e olhos amarelados
Quando a urina está com uma aparência escura, chegando a manchar a roupa, ou os olhos e a pele estão amarelados, o organismo pode estar enfrentando desequilíbrios de substâncias no sangue. Esse amarelamento pode ser causado por icterícia, hepatite, cálculo biliar, câncer de pâncreas ou de fígado e processos infecciosos variados.
Vômito
Quando o vômito acontece de maneira inexplicável, em pessoas que não têm histórico de vômitos sem um motivo aparente, ele pode ser um prenúncio de infarto ou ainda de problemas vascular, digestivo ou neurológico.
Dores torácicas
Dores no peito e no tórax durante a prática de um exercício físico podem ser sinal de que algo está errado. Quando a dor é recorrente e costuma desaparecer dez minutos depois que a atividade física termina, ela pode ser um sinal de angina — um conhecido precursor do infarto cardíaco. Em casos mais amenos, no entanto, essa dor pode ser causada apenas pelo acúmulo de gases.
Tosse persistente
Uma tosse seca, do tipo que arranha a garganta e o pulmão e tem duração de mais de três semanas, pode ser reflexo do uso de alguns remédios ou o sintoma de problemas como tuberculose, sinusite ou mesmo de um refluxo de ácido do estômago.
Inchaço de membros
Pessoas acima do peso e com varizes têm, normalmente, um pouco de inchaço nas pernas ao fim do dia. Mas quando esse inchaço começa a aparecer mais cedo e vem acompanhado de falta de ar e inchaço no rosto, é hora de procurar um médico imediatamente. O sintoma, que acomete as duas pernas, pode estar sendo causado por problemas de coração e de rim. Quando apenas uma perna é afetada, no entanto, o inchaço pode ser o resultado de uma trombose e costuma vir acompanhado de dores fortes no membro.
Aretha Yarak
Cientista identifica genes que tornam as pessoas 'preguiçosas'
A enzima AMPK é produzida durante o exercício físico e, quanto maior a quantidade gerada, maior o nível de energia. O coordenador do estudo, Gregory Steinberg, disse que a descoberta pode levar à criação de tratamentos para aqueles que têm dificuldade em se exercitar, incluindo obesos e asmáticos.
Os pesquisadores criaram camundongos sem o conjunto de genes e registraram que os animais não conseguiam caminhar por mais de 40 min, enquanto os camundongos normais chegavam a correr 1 km em 20 min.Eles acreditam que o efeito em humanos deve ser similar.
É a primeira vez que a enzima AMPK é conectada a um conjunto de genes. O estudo foi publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences. O coordenador ressalta que eles também concluíram que, mesmo em pessoas sedentárias, a produção da enzima pode ser estimulada com exercício físico, o processo é apenas mais difícil e demorado.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Grandes Amigos
O Renegado
domingo, 11 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
Comandos do Jogo
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
O Milagre da Vida
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são milagres.
Albert Einstein
(A todos os meus alunos e ex-alunos)
Professor João Batista dos Santos... Poeta, Profeta e AVATAR da Esperança!